Vida

Na presença ou na distância

Fantasmas e pessoas

Encontram-se e se perdem

No trem que vai

No avião que vem!

A História fica

A vida parte

Encontro e desencontro

Na mesma estação

No mesmo aeroporto!

Um morre para ficar,

Outro, vive para ir!

E quantas mãos dadas

Abraços apertados

Adeus e boas-vindas

Passam lado a lado

Dividindo o mesmo espaço

O mesmo piso,

Pisando no mesmo chão!

E quando o adeus é definitivo,

E nem se sabe ainda que o será?

E quando já o é sabido,

Que tipo de saudade,

Produzirá?

E a chegada da gestante,

Que saíra estudante?

E a partida

De quem tudo tentou para ficar

Mas nada adiantou?

Que sentimentos envolvem

O último toque daquelas mãos?

E o desencontro

De quem estava para vir,

Mas não veio?

Fica aquela alma deixando

Um pé seguindo o outro

Sem direção alguma

No mesmo saguão

Que mal esvazia

E já se enche de novo

Com outras despedidas,

Recepções eufóricas

Enquanto que o olhar se perde

Em direção ao nada

Com o peito angustiado

Pela não vinda

De alguém esperado!

É o desencontro, o atraso,

A perda do avião!

Tinha que ir, mas queria ficar!

Tinha que ficar, mas o coração

Pedia para ir junto!

Quantos foram felizes e sorridentes

Afoitos para encontrar

No outro lado

O seu amor, o seu bem-querer,

A sua vida!

Mal podendo suportar

O pinga-pinga das horas

Que os separam

Deste reencontro!

Esta, é a vida!

Um aeroporto ou estação!

É o berço da chegada

E a lágrima, da despedida!

Sempre foi assim,

Mas não será assim,

Para sempre!

Dilber Devite
Enviado por Dilber Devite em 06/02/2013
Código do texto: T4126720
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