Esperança

Essa estranha inquilina no andar vizinho

Tem olhos verdes e caminhar tão lépido;

Tem braços longos e sorriso intrépido;

Tem voz confusa feito burburinho.

Essa inquilina que nas madrugadas

Burla meus sonhos em suas cantigas frias,

Dispersa o vento de minhas mãos vazias;

Guarda meu corpo nas manhãs geladas.

Falou-me um dia: - Eu passei cantando,

Mas nesse sonho que te vi sonhando

Fiquei somente como uma lembrança.

Agora levo meu cantar sorrindo,

Mas nessa estrada sempre irei seguindo.

- Muito prazer, meu nome é ESPERANÇA.