Espera

No coração

Um deserto infinito

Que cala a voz

Tremulosa da existência

Um eu em farpas

Permanece mudo

Inerte

Em silêncio mortal

No eco do vazio

Firma-se uma dor silenciosa

Que fere a alma

Calada

Sem urgências de vida e de fala

Mas de repente

Nasce nesse vazio

Uma luzinha fraca

Que indica

Um fio de esperança

Suspensa no vazio

A espera do senhor da vida

(tempo)

Só ele poderá transformar

O silêncio em palavras

E fazer sair do casulo

O grito de liberdade

Ainda preso na garganta.

Fran Souza
Enviado por Fran Souza em 11/01/2013
Código do texto: T4079420
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