ENSAIANDO, COMO MEDO DE ENTRAR EM CENA.
Poesia minha amiga, companheira, conselheira,
Estou com saudades de brincar com as palavras,
Saudades de costurar meus retalhos,
Hoje espalhados descosturados, em trapos.
Nos pedaços retalhados a vida me retaliou,
Retalhos fragmentados, fração do tempo.
Calar a poesia é esmagar sentimentos,
Como impedir que o orvalho fizesse seu papel?
Como impedir o desabrochar de uma flor?
As palavras se perdem, sonhos desfiados,
Desatino, destino peregrino.
Busco o tino ainda que pequenino.
Perco a voz e desafino na arte da vida.