No abrir dos olhos tento um refúgio

Como se fosse uma vertente a me  acalmar

De tantos desalentos

Que pondera no tempo

Embalsando minha alma

Sem dizer o porque

Me visto de vermelho

Me olho no espelho

Busco refletir melhor

Nos raios luminosos que incidem no caminhar

Retalhando os pontos luminosos que estão alocados em algum lugar

Seja de esperança

De fé

São retalhos de cetim

Que tento juntar

Até formar um assoalho de contentamento

Pra me consolar...

 

Margarida Cabral