NOITE TRISTE
Caminho pela alameda escura
E vejo distanciar os dias da minha mocidade.
A tristeza me envolve e me leva às águas turvas,
À minha existência se mistura a noite fria da cidade.
Os amores da minha mocidade não os tenho mais.
As coisas simples são devoradas pelo tempo,
E parece que fadado estou a viver em dores,
Mas, tento pela noite fria, caminhar sereno.
A noite é triste, não se escuta os grilos cantando.
O silêncio frio e duro, em meu ser, se torna soberano.
Não se ouve nem os gatos noturnos lamentando o seu sofrer.
Assim, sigo em frente, contemplando o horizonte escuro.