BALANÇO DE FIM DE ANO
Balancei na esperança
Na vontade de fazer regime
De voltar a ser criança
De nunca mais torcer por um time
De esperar por quem não espera
De correr de quem me quer
Perder tempo com quimeras
De desejar uma só mulher
Balancei na linha fina
Do amor, do ódio, da ternura
De mudar a minha sina
E fugir da sepultura
De fazer o que me convém
De ser independente
Acabei o ano sem vintém
Mas tocando a bola pra frente
Balançarei no novo ano
Com esperança renovada
Apaga tudo, baixa o pano
Começo nova jornada
E almejo sempre o mais alto
O mais puro, o mais bonito
E voar num grande salto
E me encontrar no infinito.