DIÁLOGO COM TEMPO
Tempo rigoroso
Tempo cruel
Livre esse poeta
Do amargo do teu fel
Oh! Tempo amigo
Esqueça tua pressa
Sente-se ao meu lado
Aprecie essa conversa
Como eu ia dizendo:
Dê tempo ao tempo
Não role como as água
Não voe como o vento
Preste atenção
No estrago que você faz
Envelhecendo a moça
Enrugando esse rapaz
Oh! Tempo fugidio
Não escora entre os dedos
Não leve as esperanças
Nem alimente os meus medos
Por fim, tempo, te peço:
Pelo amor de quem te fez
Não sejas tão constante
Pare ao menos uma vez