Por um fio
As palavras de amor que represei,
Tocarão a turbina, luz a teu prazer;
Quando dito e feito, o que pensei,
Saberás o que há muito eu já sei,
O que vistes bijuteria quando te dei,
Agora, joias caras, que orgulho de ter!
Tempo é martelo derruba paredes,
só sua mão, muda as circunstâncias:
Sei que o deserto acentua a sede,
É fino meu tempero, provai, e vede,
Afinal, por trás desses olhos verdes,
Deves ver a vida, com esperança...
O toque que tua pele inda não sentiu,
Acordará a mulher que hiberna em ti;
Dizendo-lha, findou a estação do frio,
Olhe a piracema já desafiando o rio,
nossa felicidade que estava por um fio,
Fio de esperança, que me manteve aqui...