O EU OBSCURO

A madrugada chega;

Num silencio inquietante que mascara a fala...

Acendo meu cigarro,observo as ruas...

Vazias,sombrias...paradas!

Recordo a saudade na solidão de mim mesma;

Perambulo em versos uma dor sem fim,

O coração precipita na fina lembrança....

Uma alma carente,tão nítida que vive em mim!

Busco detalhes que me retoma o riso;

Na certeza de um amor que virou utopia

Na certa nem era amor,ou se era eu não sabia...

Mas deixou vestígios de que fosse um dia!

Percorre na face uma lágrima quente;

Como se febril estivessem os olhos,

Perdendo a visão que obscurece à frente....

Sem brilho,sem cor,tudo cinza de repente!

À um passo do abismo,retomo o juízo;

Arrancando forças que não sei de onde vem...

Na ultima certeza que virá um novo dia,

Que há de me surpreender,seja mau ou bem!

Autora: Daiane Laureano Martins Lopes

DAYA MARTINS
Enviado por DAYA MARTINS em 11/12/2012
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