QUADRO ÍNTIMO.
Para uma noite sem soturnas sombras
Desnudo tua alma e recubro a tua pele
Embevecido pelo teu apócrifo viver
Sigo o lume de olhares transcendentais
Em místicos rituais de corriqueiros dias
E o cético entranhado em minhas certezas
Pelo paroxismo de meus íngremes paradoxos
Sempre em transe no abismo de meus conceitos
Nunca desairoso com o que tenho de ti em mim
Para proteger-me desse celerado distanciamento
Adornado pelas incongruências de meu cotidiano
Nos infungíveis ponteiros de incansáveis segundos
Recubro minha alma e redescubro a tua pele
Nesse indelével ciclo de nossos vários matizes
O quadro surrealista de nossas vastas indagações
Dentro da moldura de nossos intrínsecos espaços
Sob o espelho das incólumes vertentes do querer
O reflexo de tudo o que foi é e ainda está por vir
Balsamo das íntimas esperanças imorredouras
Alimentam minha certeza de ser plenamente teu
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