Ainda sonho
Pretendo viajar para bem longe
amanhã, quem sabe, talvez
Posso até virar um monge
e perdoar tudo o que me fez
Um lugar pequeno e arejado
com marcas infantis e brinquedo estragado
com faces do presente
sem um pingo de pecado
No chão bolas e bonecos
dispertam ao me ver chegar
Tem alguns teco e trecos
mas boto tudo no lugar
Enfim posso externar toda a minha vida aguda
Quando eu ia para a escola, até me chamavam de madruga
Saudades? tenho muitas, daquele lugar infantil
Pois hoje sou adulta e ainda durmo no frio