O interior de uma rua do interior...
Rua principal, a conhecida Virgílio...
Não tem mistérios, vive do delírio...
Por ela passam carros sem dúvida equipados,
Obrigatório neles estarem rebaixados...
De outro personagem também se reveste...
As motos com escape ali fazem o teste...
Seus donos orgulhosos aceleram forte,
Desafiando entre os carros a sorte...
Fins de semana jovens lotam bares e calçada,
São os donos da noite que se vai calada...
Enquanto o tempo passa tudo acontece,
Começa a noite a efervescência aparece...
Em vários locais a juventude se divide,
Onde ficar, o que fazer, cada turma decide...
Uns começam e terminam a noite no Pastel,
Alguns no durante dão um pulo ao Motel...
Garotas de olhos e cabelos fascinantes
Buscam espaço com seus corpos provocantes...
Às vezes esse espaço é o banco de um bonito carro,
Do seu dono querem apenas tirar um sarro...
Mas nem todas essas garotas são assim,
Muitas delas só vão se estão mesmo à fim...
Também nessa rua toda regra tem exceção
E algumas dessas garotas, coração...
Noite após noite a rua os diverte
E por ironia uma rua inerte...
Uma rua inanimada, com poder de matar
E o faz dominando os jovens sem hesitar...
Tantas são as gerações que nela passaram
E de nada adianta os exemplos que ficaram...
Sempre será a rua preferida dos jovens,
Sua força é extrema, não perdoa nem à homens...
Em seus carros jovens cantam pneus,
Gostam de velocidade, acreditam na sorte,
Vivem de emoções e não vêem Deus...
Querem mesmo é correr para a morte...