Tic tac importuno
Aquele menino que cnheci numa calçada qualquer
Não era estranho, mas era diferente, não era tão ele
Era muito mais eu, era muito menos teimoso, era o que era ele.
Um passo na areia da praia em conto de muitas particularidades
Éramos mais nós que um por cada, éramos sozinhos,
mas como metades.
Não fez chuva, era clima nublado, começo de tarde.
Aquele sorriso tinha tom de saudade, som medonho
De início lágrima em represália, invalidado sonho.
De final era fim de um romance e ponto. Começo de outra caminhada.
O que aquele menino me fez? Quem era afinal?
Parei com a areia entre os dedos, vendo ondas e marcas
Sem nenhum endereço, só ficaram poucas pegadas.
Não desisti de procurá-lo não, ...mas sabe o que é?
Este tic tac importuno no meu ouvido me confunde
Me mandando ir embora para casa antes que o desespero me inunde!
Mas onde foi parar o menino? Acho que veio e eu o fiz ir embora
Destino desconcreto ou descontrole da hora?
Contei nos dedos meus desenganos
Mas não houve dedos que coubessem minhas certezas...
Te vi, te tive, te perdi de vista e não me contive.
Te espero, somente.