O HOMEM LIMITE
O HOMEM LIMITE
Por ANTÔNIO COQUITO
Não vejo, já me cegaram.
O mundo pequeno ... de sombras,
Não enxergo seus mistérios,
Não entendo como se articula.
Fixo-me no explícito.
Oculto é a verdade que me arde,
que envenena meu espírito,
Talvez seja melhor não vê-la,
Para não ter a dor de sentí-la,
Confiná-la seja mais saudável,
Neste meu mundo agredido.
Procuro caminhar o meu caminho,
Ninguém por mim o pode fazer,
Seí que sou do mundo,
do sub mundo,
do mundo sub
sub nutrido,
sub traido,
sub humano.
Mas também,
da fantasia, do sonho, do desejo,
do que ainda está a descobrir, neste nosso:
Mundo limitado pelo que não Vemos.
E, ainda bem que posso brincar ,
Fazer poesia, ressucitar-me nelas,
Voando na permissão do meu mundo,
Sem censura, dar asas
à liberdade
do mundo ao qual acredito.