A falta
Que belo sopro, sois,
Que contente faz e a motivas,
Quanto ainda nos resta,
Deste tempo que nos investiras,
Para que lugares correram,
Aonde vamos,
O que queremos,
Perseguindo o sopro do nada,
Numa inconstância a se dissipar.
Que vida é essa que temos,
Onde o ter de nada adianta,
Estar, viver, querer, poder,
Tão pertos e tão distantes,
Sem ao menos um entender,
Da vida que tínhamos antes,
Que se perfeita não era,
Tão pouco era assim,
Com as perfeições tão distantes.
Como podemos aceitar,
As feridas cruas da vida nua,
De um sentimento imoral,
Onde o certo é duvidoso,
E o errado é tão cabal,
Que no fim nos faz rir,
Rir de que? Da desgraça
De um porvir que nunca vai existir,
Ou da inescrupulosa falta de esperança?
Que belo sopro, sois,
Que contente faz e a motivas,
Quanto ainda nos resta,
Deste tempo que nos investiras,
Para que lugares correram,
Aonde vamos,
O que queremos,
Perseguindo o sopro do nada,
Numa inconstância a se dissipar.
Que vida é essa que temos,
Onde o ter de nada adianta,
Estar, viver, querer, poder,
Tão pertos e tão distantes,
Sem ao menos um entender,
Da vida que tínhamos antes,
Que se perfeita não era,
Tão pouco era assim,
Com as perfeições tão distantes.
Como podemos aceitar,
As feridas cruas da vida nua,
De um sentimento imoral,
Onde o certo é duvidoso,
E o errado é tão cabal,
Que no fim nos faz rir,
Rir de que? Da desgraça
De um porvir que nunca vai existir,
Ou da inescrupulosa falta de esperança?