QUIXOTESCOS
Ter um ideal na busca do que não se vê
Viver dias de sonho abraçando o que crê
Comove-se com a poesia do belo encantar
Misto de realidade e sonho despido
Batalhas em moinhos de vento estão cumprido
Dom Quixote é o eu em devaneios silenciosos
Valente cavaleiro movidos pelos desejos saudosos
Dor e delícia confundem-se na humana condição
Retrato vivo de sentimentos em pulsação
Vilões e heróis dividem o palco calado
Dupla é a face do existir enamorado
Abrir os mares armando-se de sonhos e paixões
Criando-se mundos no instante da canção
Quixotescos prazerosos de seus escudos virtuosos
Beneficiários do testamento de Cervantes, eis os rios caudalosos
Vírus do sonho maravilhoso
Impossível torna-se o real ardoroso
É óbvio ver as rosas a murchar
Feliz idealista enxerga as sementes a esperançar