Levanta

Levanta, percebe o mundo ao teu redor

Do sorriso mais tênue ao maior

Note, que ao machucar-se, cresces

Mais forte, mais sólido, mais sensível

Como um vulto, uma silhueta

Que transborda amargura moderada

Os lobos estão lá fora, num apego desgarrado

Como a maré que arrebenta e traga os desavisados;

Por que dói? Porque ao cresceres

É torturado e repreendido por teus sentimentos

Busca sobrevivência dentre os demais

Compreende, que teu amor não foi em vão

Nosso amores não foram, nem nunca serão

Estaremos caminhando num vazio, embora juntos;

Acima da inequação racional, da existência mera e mortal

Andaremos ao além, onde acharemos conforto

Em quem nos chamam, nos compreendem, nos amam

Cresça, progrida e transgrida através da noite

Por que o dia pode ser muito traiçoeiro