Primavera

Eis que da luz, se faz a presença

Dos sonhos, eu tenho o prazer

De uma plenitude irreal, no mais tardar

Uma diferença de presença

O inverno se foi, e com ele a morbidez

Vi no fim, o começo do recomeço

Apenas outro lago, agora, profundamente razoável

Um desejo estável e rentável

É a nova primavera dos tolos,

A quebrada da maré espiritual,

Na nossa caminhada rumo ao luar

O conforto tosco de um louco

De que? Por quem? Quem sabe amanhã?

Tudo o que queria dizer num sussurro

Disse numa aparente, celebrada, mentira

Embora seja ela, real, verdadeira e sentida

Os complexos foram-se docemente

Tão velhos, monótonos e remotos

Cansei-me deles. Por outro ser.

Um tão gentil e atraente