NÁUFRAGO OLHAR...

Quero intuir o que em mim se passa

Nesses meus mudos instantes intangíveis

Percorro sereno teu caleidoscópico sorriso

Mesmo sangrando alma derme e epiderme

Em meio á amálgama de teus outros quintais

O imperceptível aos meus olhos em teu solo

Torna náufrago esse meu perscrutador olhar

Um alóctone nesses teus múltiplos universos

Aonde o autóctone em mim vaga cegamente

Tentando decifrar em ti essas novas paragens

Pois não há gáudio sem tua constante presença

E são voláteis os resquícios que nos transcendem

Mas não há leniência do tempo em nossos dias

E ainda existem desérticas lacunas entre nós

Preenchidas por nossas imaginações aleatórias

Essas indomáveis forças a nutrir os pensamentos

Aonde germina tudo o que nos é ponderável

E todo o imponderável não nos será subserviente

Mas nunca iremos inquinar o belo em nossos laços

E desataremos todos os nós existentes em nosso nós

Para que assim nos tornemos imune ás adversidades

E das intempéries horrendas da rotina e da distância

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 30/10/2012
Código do texto: T3960346
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