NÁUFRAGO OLHAR...
Quero intuir o que em mim se passa
Nesses meus mudos instantes intangíveis
Percorro sereno teu caleidoscópico sorriso
Mesmo sangrando alma derme e epiderme
Em meio á amálgama de teus outros quintais
O imperceptível aos meus olhos em teu solo
Torna náufrago esse meu perscrutador olhar
Um alóctone nesses teus múltiplos universos
Aonde o autóctone em mim vaga cegamente
Tentando decifrar em ti essas novas paragens
Pois não há gáudio sem tua constante presença
E são voláteis os resquícios que nos transcendem
Mas não há leniência do tempo em nossos dias
E ainda existem desérticas lacunas entre nós
Preenchidas por nossas imaginações aleatórias
Essas indomáveis forças a nutrir os pensamentos
Aonde germina tudo o que nos é ponderável
E todo o imponderável não nos será subserviente
Mas nunca iremos inquinar o belo em nossos laços
E desataremos todos os nós existentes em nosso nós
Para que assim nos tornemos imune ás adversidades
E das intempéries horrendas da rotina e da distância
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