Esperança...
A esperança agora me chama...
Acena doce, suave e se insinua.
Diz que me quer e que me ama
E eu fico assim no mundo da lua
Aos meus botões eu me pergunto...
Será que não é uma promessa vã?
Mas, teimoso eu salto a bordo dela.
Se mentira for é só depois cair no divã
Como se fosse a primeira viagem nela
Se não conheço bem os seus mapas
Escolho de pronto algum imprevisto
E de improviso parto ao seu destino
Perambulo, meio incerto, só no tato...
Como curar esse coração em desatino?
Qualquer sinal é um bom presságio...
Seja como for, eu vou, com perseverança.
Pois quase sempre acredito nos encontros
Ando de olhos fechados, como uma criança.
Mas, não desisto... Apesar dos desencantos
A dor eventual é o preço da vida a se pagar...
Não acovardo ao embate dos desencontros
Sei esperar que na hora certa ela vai chegar
E o sol com sua luz... Brilhará todos os cantos
Cobrirá os vazios do que houver de pranto
Para isso pago o desconforto a qualquer ágio...
Com ticket de passagem, seguro e pedágio.
Fall & Hilde