Poesia de paul

Presenteio-me diariamente

Com sutil dose de suicídio.

Mas é fato mui deprimente

Ter resistência dum ofídio!

Este mal é mal sem remédio?

É meu (frio) sangue assim pior

Que de veneno um frasco em médio?

Trar-m’-ia, em todo, a final dor?

Mas não!, não posso!, ‘stou convicto!

Qu’inda não atingi o alto talento;

Que de tuberc’lose ‘stou invicto;

Qu’eu não sou todo peçonhento!

Não serei, portanto, forçoso;

Não buscarei o fim imediato;

Neste hórrido paul lodoso

Nadarei: feito ofídio nato!

Jack Fernandez
Enviado por Jack Fernandez em 23/10/2012
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