Poesia de paul
Presenteio-me diariamente
Com sutil dose de suicídio.
Mas é fato mui deprimente
Ter resistência dum ofídio!
Este mal é mal sem remédio?
É meu (frio) sangue assim pior
Que de veneno um frasco em médio?
Trar-m’-ia, em todo, a final dor?
Mas não!, não posso!, ‘stou convicto!
Qu’inda não atingi o alto talento;
Que de tuberc’lose ‘stou invicto;
Qu’eu não sou todo peçonhento!
Não serei, portanto, forçoso;
Não buscarei o fim imediato;
Neste hórrido paul lodoso
Nadarei: feito ofídio nato!