A vida reinventada
Vejo-me, nem tão tarde assim
que não te ache
Infinitamente desamada
e a morar apenas em minhas saudades.
Ouço alguma prece que me chega de longe
onde passeiam minhas palavras
e a reflexão do meu olhar distante.
Ai de eu morrer calado
sem amar e ser amado,
sem viver...
Revejo-me, então, após quase tudo esperar
e ver tão pouco chegar,
o que tampouco fica.
Ouvida a prece, abro o silêncio,
destilo o meu melhor veneno
e te mato,
porque, para te ter em mim, viver é inda mágico.