...Novo tempo de espera!
Nos primeiros passos da partida
As lembranças insistem em ficar...
...Do que fora vivido com ardor!
Talvez porque partir
Pareça abandonar
Os sonhos que tanto se desejou.
Embora os passos seguintes relutem...
...Na decisão de partir!
Tenha coragem de crer
No imprevisível que não abandona
A força do amor.
No tempo de partida...
O passado, com o tempo, distante fica.
E a impossibilidade daquele
Amor sentido se confirma
Na fé de prosseguir
Em busca de um amor possível.
Enquanto parte...
...Ainda que morrendo um pouco
ao despedir-se deste amor!
...Confia transformar em realidade
A probabilidade de amar,
Com liberdade de expressar,
Sem ter de se iludir ou dividir,
O novo amor que há de vir!
E crendo no plantio
Dos sonhos cultivados
Lança as sementes que esperam...
...Brotar, crescer e florescer
Em liberdade para amar!
Liliane Prado
(Exercício Poético)
(Exercício Poético)
Este poema foi fortemente inspirado na reflexão que fiz de um trecho que segue abaixo transcrito, do livro "Tempo de Esperas" do PE. Fábio de Melo:
" Um dia eu precisei amar minha dor. Era o único jeito que tinha de continuar vivendo. Ou aprendia, ou morreria com ela. Resolvi aprender. Desde então, minha dor é minha companheira, minha mestra, minha parceira. Deixou de ser minha inimiga no momento em que eu a olhei nos olhos e aceitei conhecê-la com mais propriedade. Quis entrar nos mistérios de seus mecanismos com o intuito de poder administrar melhor as suas consequências.
Eu não a busco, mas, quando chega, abro as portas para que não force as janelas. Deixo que entre, ofereço-lhe um café, olho nos seus olhos para que cesse o medo e depois me empenho em deixar que fique o tempo necessário, até que se dissolva por si só, pela força do tempo.
[...] Assuma a perda de forma criativa. [...] Semente que não aceita morrer não pode produzir frutos. É a regra vegetal a nos propor um jeito sábio de viver." (págs. 31 e 33)
" Um dia eu precisei amar minha dor. Era o único jeito que tinha de continuar vivendo. Ou aprendia, ou morreria com ela. Resolvi aprender. Desde então, minha dor é minha companheira, minha mestra, minha parceira. Deixou de ser minha inimiga no momento em que eu a olhei nos olhos e aceitei conhecê-la com mais propriedade. Quis entrar nos mistérios de seus mecanismos com o intuito de poder administrar melhor as suas consequências.
Eu não a busco, mas, quando chega, abro as portas para que não force as janelas. Deixo que entre, ofereço-lhe um café, olho nos seus olhos para que cesse o medo e depois me empenho em deixar que fique o tempo necessário, até que se dissolva por si só, pela força do tempo.
[...] Assuma a perda de forma criativa. [...] Semente que não aceita morrer não pode produzir frutos. É a regra vegetal a nos propor um jeito sábio de viver." (págs. 31 e 33)