Deslizando
Bate o coração entrelaçado
nas rosas finas do ribeiro
que leva o esgoto repassado
à alma da minha paixão.
Com duas palmas suplicantes
aproximei-me da minha donzela
nos espinhos cortantes escorrego
voando através das nuvens.
Nos laços de seus cabelos
sou prisoneiro para sempre
aliso com cacos de garrafa
as estrelas que me ofuscam.
Quem me dera voltar
para o ninho seguro
da escuridão envolvente
na hora da minha morte.