Meu pau de manga
Mangueira linda!
Quanto tempo espero?
Para saborear seus frutos,
Chupar o compacto sumo,
Mastigar suas bostelas
Sejam elas
Verdes, vermelhas ou amarelas
Com certeza serão açucaradas e vitaminadas
Pois, recordo-me
Da manga que comi
Há três anos atrás
Cujo caroço não deitei fora
Estendi por cima da casa
E que depois de seco
Com ajuda duma enxada
Enterrei…
Aí onde estás hoje
Ele havia rebentado
E transformou-se em seu sustentáculo
Que com bastante água fortifica-te.
Minha planta!
Espero você crescer
Poder florescer
Dar frutos e deixar amadurecer,
Para trepar-te e cedo não descer
E a vida conhecer
Como um Macaco de fome a falecer,
Agarrado em seus galhos
Comer mangas maduras
Linda árvore!
Aguardo ainda
Com bastante afinco
Poder repousar em sua sombra
Que com certeza
Irá cobrir o meu acanhado quintal
Nos dias de sol ardente
Por fim, imagino…
O benefício que há de nos dar
A começar com a pureza do ar que respiramos
O oxigénio produzido
E o controle da poeira pelas folhas
Meu pau de manga!
Não vejo a hora
De seres autónomo,
De nossas águas não mais precisares
Porque suas raízes
E a mãe Natureza farão de tudo
Para que possas continuar
Viver sempre em benefício de outros seres.