Do que ainda posso esperar
Da vida ainda carrego,
Esperanças que trago da infância,
Choros que me fizeram engolir,
Tormentos, angústias e solidão.
Guardo um pouco do que me sobrou,
O que ainda me faz acreditar,
Num recomeço com quase nada,
Regado apenas com muito amor.
Espera inquietante de só conhecer,
Um sem tempo sempre em atraso,
De saber se em algum lugar a dois,
Ainda posso dividir minhas tralhas.
Jaak Bosmans