Sofrer por Quimera
Ás vezes, por pouco ou nada,
Temos a alma apenada.
Mas, se a dor pedirmos pausa,
Verificaremos que a causa
É insignificante, pequena
E o penar maior que a pena.
Foi assim com a jardineira:
Bonita, alegre, faceira.
Cuidava de muitas flores,
Todas elas seus amores.
Se uma camélia caía,
Ficava triste, sentia.
Mas um dia consciente
De que flor não era gente
E camélia flor efêmera
Não penou mais por quimera.
Elegeu outros valores,
Esqueceu estas tais dores.
//Ignacio Queiroz - Floripa, 23/06/2001
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