Sofrer por Quimera

Ás vezes, por pouco ou nada,

Temos a alma apenada.

Mas, se a dor pedirmos pausa,

Verificaremos que a causa

É insignificante, pequena

E o penar maior que a pena.

Foi assim com a jardineira:

Bonita, alegre, faceira.

Cuidava de muitas flores,

Todas elas seus amores.

Se uma camélia caía,

Ficava triste, sentia.

Mas um dia consciente

De que flor não era gente

E camélia flor efêmera

Não penou mais por quimera.

Elegeu outros valores,

Esqueceu estas tais dores.

//Ignacio Queiroz - Floripa, 23/06/2001

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Ignacio Queiroz
Enviado por Ignacio Queiroz em 30/09/2012
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