Eu vi a morte

Eu vi a morte

Eu vi a morte de branco.
Não era preto nem roxo,
nem trazia foice na mão.
Tinha na face o perdão.
Na mão direita da morte tinha
a palavra amor.
Na esquerda o nome CONSOLADOR.
A morte não caminhava.
Flutuava feito anjo.
Caminhava só, cumprindo sua missão.
Rico pobre, favelado, não fazia
distinção.
A morte deixa um recado aos
Que ficam na saudade,
Os que com ela retornam
Conquistam a liberdade.
Eu vi a morte de branco.
Na esquina do destino.
Ela sabe a hora certa de
levar um peregrino.