Esperar

Vem raiando o dia.

E a esperança... se recorda.

Talvez enquanto dedilha,

Uma vindoura trova.

Vida que segue...

Sem muita convicção.

Sentimentos em greve,

Não entendida a sublimação.

Sem muito apego.

Passa a afligir a demora.

Torna-se refém do medo.

E assim já não pede. Implora!

De volta ao meu leito,

Só me resta auscultar atento.

A voz que vem do peito,

Ofegante e frênico.

Pois o mundo lá fora é cruel.

E desabilita suas afeições.

Etéreo mesmo é o céu,

A quem sibila e difere emoções.

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 12/09/2012
Código do texto: T3878074
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