Esperar
Vem raiando o dia.
E a esperança... se recorda.
Talvez enquanto dedilha,
Uma vindoura trova.
Vida que segue...
Sem muita convicção.
Sentimentos em greve,
Não entendida a sublimação.
Sem muito apego.
Passa a afligir a demora.
Torna-se refém do medo.
E assim já não pede. Implora!
De volta ao meu leito,
Só me resta auscultar atento.
A voz que vem do peito,
Ofegante e frênico.
Pois o mundo lá fora é cruel.
E desabilita suas afeições.
Etéreo mesmo é o céu,
A quem sibila e difere emoções.