Guerreiro Irmão
(05 de Outubro)

Mãe, guarde as roupas de Carlos.
Mãe, guarde as fardas de Carlos,
delas ele não mais precisa.

Pai, guarde as armaduras de Carlos.
Pai, guarde as armas de Carlos,
delas ele não mais precisa.

Amiga, guarde os presentes de Carlos.
Amiga, guarde os pupilos de Carlos,
eles de você precisam.

Mãe, limpe as roupas de Carlos.
Mãe, refaça as fardas de Carlos,
delas nós precisamos.

Pai, faça brilhar o aço de Carlos.
Pai, mantenha as armas de Carlos,
delas nós precisamos.

Mãe, apague as dores,
siga com destemor.
Para o guerreiro ficam nossas flores,
alimento para o seu amor.

A subida ao céu é penosa,
não basta oração.
Nós usaremos as armas e as armaduras
para descerrar o portão.

Nós vestiremos as fardas de Carlos.
Nós usaremos as armas de Carlos
(não as de “Longinus” nem as de “Cassius”).

Nós nos fortaleceremos de Carlos.
O bem nos orientará.
Nossa alma está mais adulta.
Nós continuaremos a luta.
Carlos nos protegerá.


 
  Carlos era meu irmão mais velho. Foi assassinado em uma tentativa de assalto quando levou dois tiros, sendo um fatal. Morreu aos 33 anos de idade deixando dois filhos lindos e muita, muita saudade.
  Um amigo lendo esta poesia me perguntou se Carlos era militar, achei engraçado pois ele não era. Suas armas e suas armaduras eram o seu sorriso, sua alegria e o entusiasmo que nos passava...



(imagens obtidas da internet todos os créditos e agradecimentos aos seus criadores e proprietários)