O milagre aconteceu, o poeta escreveu!
Roubaram a inspiração do poeta enquanto ele dormia
Ele acordou com uma sensação estranha,
a mente vazia!
Ele supôs que aquele sentimento iria passar
Que logo o seu raciocínio de poeta
iria nos versos se aventurar
Era primavera e ele não fez os versos das flores
Época em que é espontâneo falar de amores
Poeta nunca deixa de ser poeta
Pensou que isto iria se dissipar na certa!
No verão o coração do poeta não estava aquecido
E de escrever poesia ele até havia esquecido!
Chegou o outono e as folhas caíram
E palavras em versos da boca do poeta
nunca mais saíram
Então o frio do inverno se principiou e ele chorou
Em todas as estações do ano ele não versejou!
A sua vida ficou sem razão
Para onde levaram a sua emoção?
Para se inspirar ele andou na chuva
Provou do sabor agradável das uvas
Apreciou uma criança brincando
Ouviu um pássaro cantando
Ele queria falar das estrelas, da lua e do mar
Compor um poema e cantar uma canção
Porém ele não conseguia meditar
Então no desespero ele fez uma oração...
Lua traz de volta para mim o que é meu
Sol ilumine a minha estrada e não me deixe no breu
Que os anjos venham me auxiliar
As mãos de uma deusa em versos eu quero beijar!
Ouça-me universo e responda ao meu clamor
Que eu escreva as mais belas poesias de amor
Que eu saiba falar em versos sobre a dor do meu irmão
Que as minhas palavras impregnem de luz
onde houver escuridão!
Socorre-me meu Deus venha em meu auxílio!
Eu não suporto este exílio!
Naquele exato momento o milagre aconteceu!
E o poeta escreveu, escreveu, escreveu...