CONSOLAÇÃO
De onde vens, amado meu,
Entre a neblina de inverno ainda,
Na madrugada que não nasceu?
De onde vens, amado meu,
Por que não dorme, é noite ainda,
Vem descansar no ventre meu?
De onde vens amado meu?
Chegue bem perto, a noite finda,
E a luz do sol já se acendeu.
Quem sabe um dia, amado meu,
Nas águas mornas descanse ainda,
No ventre morno que te aqueceu.