Espectros do Passado
Vagarosamente, as lembranças invadem minha lucidez,
E subitamente minha mente é transportada
Para o passado da insensatez...
Lá... O meu eu é aprisionado,
E eu fico refém do meu vil instinto,
Amarrado e amordaçado...
Rapidamente sou chicoteado pelas imagens dos erros cometidos,
E nesse momento,
Os meus argumentos são apreendidos...
Nesse ritual, eu me encontro completamente nu, preso e humilhado,
E é nesse momento, que eu volto para a realidade.
Desnorteado...
E lembro do presente...
Que me aguardava todo esse tempo, ainda que no escuro...
E sinto um vento obscuro a pairar sobre meu ressentimento,
E o presente me abraça, banindo meu sofrimento...
E me revela a esperança de uma nova vida, livremente difundida no tempo...
De cada momento...
E a esperança se materializa,
Mostrando sua força ao medo...
E o medo enevoa-se para o passado, abalado...
E derrotado!