TRANSEUNTE

TRANSEUNTE

sou caminhante.

ainda me lembro

o gosto da poeira digerida...

não reclamei!

Omito a qualidade

Que a cidade em seu colo

Faz-me respirar...

na ponta da língua

passei no crivo

os desejos, os poucos...

deu-me os deuses

a sorte de reconhecer...

assim num céu obscuro

igual ao caminho

assaltado de pó

posso ver o diamante

lapidado de sol

escorrendo sobre

a pele da flor...

o choro manhoso

da criança, a alegria

a luz de um sorriso...

por razões como estas

é que desumanamente

submeto meu corpo

a escravidão, mordaça

e algemo minha alma

a esta chama curta;

a existência.

Rocha Poema
Enviado por Rocha Poema em 26/07/2012
Código do texto: T3798185
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.