Respeitável público do Palco das Ilusões

Interpreta-te a ti mesmo

Na escuridão e no burburinho,

No Palco das Ilusões

Que o pesar faz girar.

Teu corpo, faz ele dançar

No arranha-céu mais alto,

Na vertigem da ciranda,

Deixando, na mandala, ele desabar.

Pinta-te a ti mesmo

Nesse círculo mágico,

Na simetria dos contornos,

No despropósito das curvas

Da Estrada da Contramão.

‘Conhece-te a ti mesmo’,

Que todo intérprete da vida

É autor de si mesmo,

É o seu próprio público,

Tem o seu próprio desejo

E escreve com dedos de criança

Histórias do porvir

Antes da vela apagar e dar lugar

A nova dança que o vento vem anunciar.

Leitora BNFS
Enviado por Leitora BNFS em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
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