Ha uma eternidade

Ha uma eternidade os lábios perguntam aos deuses

Quão lindo é o sabor da tristeza

das lágrimas onde naufrago todas as madrugadas

Ha uma eternidade os meus lábios perguntam aos deuses

Quão lindo é o sabor da pobresa

da fome e do desespero

muitas veses pergunto-me

Quem sou

quanto mais me pergunto menos sei quem

o que penso que sou

não é o que sou

mas os meus lábios não param de perguntar aos deuses

quão lindo é o sabor da solidão e da doença

Fernando katchingona
Enviado por Fernando katchingona em 12/07/2012
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