SEM RIMA 260.- ... mais "extermínio" ...
Pensava, recantistas fiéis, compensar
o precedente "Sem rima", sociopolítico
concernente à Galiza, Cristo das nações
(que lhe disse o poeta celanovês Curros)
ou Mártir (como Castelão a desenhou),
com algum poema de amor cortês quase.
Mas permiti que ainda persista na teima...
Segundo os dicionários, "extermínio"
vale por "ação ou resultado de exterminar"
ou por "destruição com mortandade".
Ao caso do Reino da Espanha com/contra a Galiza,
tem de aplicar-se a primeira aceção. Procuro
portanto os significados de "exterminar":
1. "Destruir eliminando totalmente [...]"
2. "Dar fim a; suprimir, eliminar, extirpar [...]"
3. "Expulsar dos limites de (cidade, país); banir,
desterrar [Exterminaram os trabalhadores ilegais
de Buenos Aires]" (Mas por que de Buenos Aires
e não de Nova Iorque ou de Chicago...?)
Noutro dicionário acho as três aceções
resumidas em duas, que valem como anel
ao dedo da Galiza:
"1. acabar com; destruir;
aniquilar. 2. expulsar para fora dos termos,
dos limites; banir; desterrar."
É isso que está
a ser realizado eficazmente na Comunidade
Lusófona da Galiza mercê da ação e omissão
das instituições do Reino bourbónico* da Espanha:
Este por aquelas está a "acabar com" os lusófonos
promovendo desde o ensino obrigado
a supremazia (e portanto preferência exclusiva)
do castelhano e, por outro lado, que é o mesmo,
a "expulsar para fora dos limites" da Terra
Galega os lusófonos, mas com a peculiaridade
de estes não precisarem emigrar, porquanto
mais cada vez são estrangeiros (linguísticos)
na própria Terra, na Galiza.
Sei que os idólatras dos estados recusarão
este meu razoamento (sucinto), mas sei também
que as pessoas realmente humanas compreendem
muito bem a minha denúncia. Ao fim e ao cabo todos
somos mais cada vez estranhos na nossa Terra, na Terra.
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(*) Utilizo o adjetivo "bourbónico" para caracterizar o Reino da Espanha porque desde o ano 1.700 d. C. esta dinastia francesa (parece que, em origem, navarra, reina - e governa - sobre as gentes e território espanhóis, hoje, e, antes, até 1.820, mais ou menos, também sobre os hispano-americanos.