ESPERANÇA
ESPERANÇA
No véu da esperança
Vem a lembrança
Dos sonhos renhidos
Dos dilemas esquecidos
Que me fazem sofrer
Da guarda constante
Do futuro brilhante
Que pretendo ter.
Em constante delírio
Vi o rastilho
De fé e esperanças
Das belas lembranças
Da vil esperança,
Esvair-se no ar.
Minha sina é o mundo
Não sou moribundo
Nem vagabundo
Desejo brilhar
Nos olhos marejados
Gotas douradas
Regentes do bem
Vou mais além
Sem desdém,
Quero alcançar
No futuro chegar
Com força e ternura
Sem freios e frescuras
A soberba alegria
Que um dia batia
Em minha porta eu não via
O caminho da glória,
De outras glórias,
Ser não podia ser,
E sim saber
Jamais pensei alcançar
A glória literária,
Multifária,
De belezas buriladas
Na verve encarnada,
No viço da vida
De um ser tão querido
Sem cangas e opressões
Não vejo senões,
Nem alaridos,
Quero o partido
Dos poetas esquecidos,
Tangidos pela insensatez
Mas, sempre lembrados.
Nos sonhos dourados
De uma bela altivez.
Nos noites de festas,
Nas lindas serestas
Do mundo a brilhar
Afinal, vem o futuro.
Que desejei alcançar.
ANTONIO PAIVA RODRIGUESMEMBRO DA ACI/ALOMERCE
FORTALEZA-CEARÁ