Só para meu prazer.
Ou escultura do amor.
Sonha receber pelas mãos do Aleijadinho,
os recortes precisos no mais nobre Ébano,
seguindo linhas tortas com todo o esmero,
ou mesmo na brancura marmore de Rodin,
Perfeita imagem que eternize todo o amor,
Na harmonia do entalhe ainda sem cores,
Desliza lentamente as mãos na procura,
De traços que venham macular a criação.
Desespero na agonia do fim do dia.
Magistral sonha as mãos de Michelangelo,
Com toques e retoques precisa formosura.
Reluzente imagem agora assim majestosa,
Com suas curvas delineadas, bem talhadas.
Criaria o rubor na face com impressionismo,
De Renoir, para a delicada face ter a maciez,
como no toque suave na pétala da rosa,
puro prazer na gostosa pele de pêssego.
Nos retoques finais e contínuos da criação,
A escultura vivifica-se no pedestal do labor,
Sente alegria no coração na sua fantasia.
Enamora-se por ela com olhos de prazer.
Assim que na trilha finda desta inspiração,
Possa ainda lhe faltar sonhada perfeição,
Invoca pela nobreza das mãos de Van Gogh,
inspirando-se nos campos dos seus Girassóis.
Toninho.
14/06/2012.