A cada novo dia uma nova guerra

Mais cedo ou mais tarde chega o cansaço

Que nos toma grande espaço

Congela-nos do olhar ao abraço

Desfaz o amor em pedaço

Transforma as palavras num só traço...

Desse jeito se vai o dia

Morre a semana, a ano, passa a vida

De lembrança fica só a ferida

Se de amor a alma está desprovida

Por ter andado desde o início desprotegida...

Pela obrigação de ficar ou a esperança de mudar

Arrastamos correntes e aprendemos a orar

Encontramos mais tempo pra semear

Gélidos, deixamos que novos dias venham nos despertar...

E sem encontrar explicação alguma

Toda poeira baixa, a bagunça se apruma

A lágrima some num banho de espuma

A dor dissipa-se e razão pra levantar se arruma

Voltamos à guerra deixando pra trás qualquer vergonha...

Janaina Lúcia Alves

15/06/2012

JanaAlves
Enviado por JanaAlves em 18/06/2012
Reeditado em 24/10/2012
Código do texto: T3731550
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