AMOR VENDIDO
Faço um trato aqui comigo,
Enquanto fora fazia silêncio.
Aqui dentro era dia de feira livre,
Todos os sentimentos expostos,
Numa desordem habitual.
Esqueço-te!
Nem sei mais onde me encontrar.
Se de amor compadeço,
Orgulho pinta em meu rosto o sorriso
Que você vê satisfeito, e julga ser real.
Sentia seu silêncio e vasculhava na memória,
Em que momento vi ser vendido o amor que dizias sentir.
Qual foi o acordo que fez com o futuro?
Seu sentimento era barganha,
Eu pagava o mais injusto pela dor,
E nem dispunha de recursos pra manter,
Um falso amor.
Afirmo em frente ao espelho,
Nem sei mais o que perdi,
O que você deveria pagar,
Envio a comanda do liquido que me
Consumia.
E o limite do desamor e ter constantemente,
Os olhos no vermelho.
Se um dia pudéssemos fazer as contas
De todo sentimento empregado por nós,
Sua parte foi ausência e investimento escasso,
E firmo o trato! Esqueço-te.
Limpo meu nome na praça do passado e
Passo em branco um cheque para esperança.
Enquanto choro à meia luz,
Você dança.
Permanece inadimplente.
Um dia a consciência bate
À porta e faz cobrança.