AMOR VENDIDO

Faço um trato aqui comigo,

Enquanto fora fazia silêncio.

Aqui dentro era dia de feira livre,

Todos os sentimentos expostos,

Numa desordem habitual.

Esqueço-te!

Nem sei mais onde me encontrar.

Se de amor compadeço,

Orgulho pinta em meu rosto o sorriso

Que você vê satisfeito, e julga ser real.

Sentia seu silêncio e vasculhava na memória,

Em que momento vi ser vendido o amor que dizias sentir.

Qual foi o acordo que fez com o futuro?

Seu sentimento era barganha,

Eu pagava o mais injusto pela dor,

E nem dispunha de recursos pra manter,

Um falso amor.

Afirmo em frente ao espelho,

Nem sei mais o que perdi,

O que você deveria pagar,

Envio a comanda do liquido que me

Consumia.

E o limite do desamor e ter constantemente,

Os olhos no vermelho.

Se um dia pudéssemos fazer as contas

De todo sentimento empregado por nós,

Sua parte foi ausência e investimento escasso,

E firmo o trato! Esqueço-te.

Limpo meu nome na praça do passado e

Passo em branco um cheque para esperança.

Enquanto choro à meia luz,

Você dança.

Permanece inadimplente.

Um dia a consciência bate

À porta e faz cobrança.

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 18/06/2012
Reeditado em 27/11/2013
Código do texto: T3730889
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