O último riso
O sêmen da hipocrisia fecundou a ambição
E o orgulho corroeu os alicerces da humildade,
O ciúme anestesiou sintomas de fraternidade
E o mundo adormeceu enfermo na escuridão.
A saudade trancafiou-se na clausura dos envergonhados
Enquanto a solidão prostrou-se em rabugenta enfermaria,
O preconceito assumiu deprimente função de chefia
Forçando o amor a camuflar-se sedento e desbotado.
A intolerância passou a governar livre e absoluta
Aprisionando o perdão distante do ringue de disputa
A fim de que o ódio e a maldade ditassem regras...
A perseverança recebeu da esperança o antídoto da resistência
E o bem sobrepujou-se sereno diante de todas as maledicências
Restituindo no reino universal os prazeres do planeta Terra!