REFÉM...
REFÉM...
Nos achismos e hipocrisias,
somos escravos das vaidades...
Em terra estranha, sem endereço,
certeza tenho, tudo tem uma etiqueta,
marcada com seu devido preço.
Vida adaptada, na lambança,
uma das variáveis desse sistema
sombrio, desprovido de esperança...
Quando sozinho como algo minúsculo,
convicções escapam do meu interior.
Pois, ainda no tabernáculo de carne,
somente com Tua mercê Superior.
Tantas vezes ao achegar-me a Ti,
sou prisioneiro dessas contradições,
sitiado e alienado ao mundo ruim,
que entorpece, preconceituoso e,
o que não sou fala mais alto em mim.
Como vivo morto a caminhar a despeito,
do que dizes desde o mistério do ventre...
Se refém de nós mesmo, não haverá jeito.