Uma vida em um segundo
A agua límpida transborda inconsequente e morna
Salga um interior cálido carente do outro eu
Que traça seus passos em seu mundo longe de mim
O sal desta fonte tempera o tesouro da espera
E assim se faz harmônica figura
Transparente alma branda e sutil
E assim se mostra, servil e inocente feito criança
Lembranças a apreciar velhas lembranças...
Enredos ingênuos caminhantes de sonhos a esmo
A cada pisar insinua o maior bem que verte tais águas
Sem deixar o corpo sair um passo do mesmo lugar
Cria versos, recria cenas, aquarelas se mostram,
Cabelos que se revoltam em lufatas de ar
Canto revolto em quietude espera... sequelas...mazelas
Saltam quimeras todas ao relento
Bramem, gemem e se isolam ao sinal de novos tempos
Encontrando o passado no novo da espera contínua.
Sossega, enfim, ao som da pura sinfonia que embala
Fazendo calar os ânimos e aninhar os sonhos
Sem planos aguarda o sinal da bendita hora
se liberta, ao encontro da grande estrela.
E Vai, vida a fora...vai !