NUVENS QUE PASSAM

Fugaz.

Não há mal que sempre dure.

As nuvens negras se espraiam

ao primeiro vento sudoeste

por mais indecifrável o horizonte.

Tênue.

E inda assim, o sol e o dia

apresentam-se aos viventes

quão mais longa a noite

na Rua dos Queixumes.

Inexorável e suprema

é a vocação da vida

sobre a sisudez da morte.

Perene.

Não há bem

que sempre seja.

mas... este já é outro poema.

Ricardo S Reis
Enviado por Ricardo S Reis em 27/01/2007
Código do texto: T360781