Madrugadora
É madrugada.
Meus sonhos de tão fatigados dormem em seu triste leito.
Ultimamente, tornei-me madrugadora.
E como de costume, estou aqui... Alerta. Ligada.
E na quietude sepulcral desta casa,
enterro meus receios e consolo-me com a esperança
Não durmo para não esquecê-la ao amanhecer.
Será traidora? Insana? Desvairada?
Não sei...
A essa altura da noite caio em mim...
Sem ela, como hei de sobreviver?
Jamais a deixarei adormecer.
Perambulo pelos cantos, varando a noite.
É madrugada... quente lá fora, gélida aqui dentro.
Tenho frio. Então aqueço o fogo da memória.
Tenho fome. Alimento-me de doces lembranças
e tomo propósitos.
É sempre assim...
No silêncio sereno da noite, passeio pela casa
e convido o tempo a passear comigo,
em meu pensamento.
E nessa minha insone vigília,
na calada da noite, que não me calo...
Venço resistências.
Dispo-me do medo e da vergonha.
Visto-me de coragem e ousadia.
Saio da razão. Entro na presença do Senhor.
Apresento a Ele o meu pleito...
Então... abro o Livro Encantado.
E passo a caminhar pelos versos encantados de Cantares e Lamentações...
repletos de tanta beleza...
Lindas recordações permanentes...
Em minha mente, eternamente presentes.
Ah Cantares! Sempre lá... a me atrair... a me lembrar,
eternamente a me encantar...
E passo então a passear pelo livro encantado de Lamentações.
Corro meus olhos por essas páginas
e descanso nos versos que me falam sobre a esperança.
Nessas páginas sentidas, caminho...
Cantares e Lamentações... Lamentações e Cantares...
que não me deixam dormir.
Já vem chegando a manhã mal-nascida,
Depois de uma noite mal-dormida.
Me derramo em lágrimas.
Será que é muito tarde...?
Mary Lyliand
É madrugada.
Meus sonhos de tão fatigados dormem em seu triste leito.
Ultimamente, tornei-me madrugadora.
E como de costume, estou aqui... Alerta. Ligada.
E na quietude sepulcral desta casa,
enterro meus receios e consolo-me com a esperança
Não durmo para não esquecê-la ao amanhecer.
Será traidora? Insana? Desvairada?
Não sei...
A essa altura da noite caio em mim...
Sem ela, como hei de sobreviver?
Jamais a deixarei adormecer.
Perambulo pelos cantos, varando a noite.
É madrugada... quente lá fora, gélida aqui dentro.
Tenho frio. Então aqueço o fogo da memória.
Tenho fome. Alimento-me de doces lembranças
e tomo propósitos.
É sempre assim...
No silêncio sereno da noite, passeio pela casa
e convido o tempo a passear comigo,
em meu pensamento.
E nessa minha insone vigília,
na calada da noite, que não me calo...
Venço resistências.
Dispo-me do medo e da vergonha.
Visto-me de coragem e ousadia.
Saio da razão. Entro na presença do Senhor.
Apresento a Ele o meu pleito...
Então... abro o Livro Encantado.
E passo a caminhar pelos versos encantados de Cantares e Lamentações...
repletos de tanta beleza...
Lindas recordações permanentes...
Em minha mente, eternamente presentes.
Ah Cantares! Sempre lá... a me atrair... a me lembrar,
eternamente a me encantar...
E passo então a passear pelo livro encantado de Lamentações.
Corro meus olhos por essas páginas
e descanso nos versos que me falam sobre a esperança.
Nessas páginas sentidas, caminho...
Cantares e Lamentações... Lamentações e Cantares...
que não me deixam dormir.
Já vem chegando a manhã mal-nascida,
Depois de uma noite mal-dormida.
Me derramo em lágrimas.
Será que é muito tarde...?
Mary Lyliand