MÃE TERRA

Ainda há tempo de curar a Terra
Honrar a aliança da guarnição
Desabrochar dos sonhos férteis
A esperança
Qual despertar de um sono
Longo de omissão
Ainda temos forças de nos debruçar
Beijar o fel que a fizemos derramar
Verter estrelas em seu ventre fustigado
Em suas carnes pulsar o coração magoado
Ainda há tempo de lamber feridas
Purgar o pus que vaza de memórias
No cósmico e no erótico
Parir a alma do imundo
Do mais profundo fundo
Ser mais amor no mundo
Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 27/03/2012
Código do texto: T3578935
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