Mississipi
Dá-me ó Grande-Pai
A oportunidade do mergulho sagrado
Dá-me ó Grande-Pai
O criar da vida a partir das lágrimas
Que lágrimas mais banharão teu leito
Desde as costas da África
Lamentos ouvirás de teus nativos
Aplausos refutarás de usurpadores
(pois da miséria é o domínio da alma humana)
Até que aos idos anos de infortúnios
Soprem os ventos da vida teus divinos algodoais
Implacável não é o tempo em solo de pureza única
Cujo curso não acompanha a torpeza da carne
Grande-Pai, ó tu
Que és supremo senhor na luz e nas trevas
Extasiado em brilho despedes-te da prata da lua
Ao golpear o sabre da aurora negro manto da noite
Balanças ó Grande-Pai, graciosamente
Esperanças involuntárias em sonhos que logo se vão
Convertes ó Grande-Pai, jubilosamente
O silêncio da tristeza em rebojos de alegria