De Tempos e Ventos

Tudo passa e depressa

ultrapassa até a barreira da tristeza

solúvel em líquido claro.

Traspassa todo o motivo de sentir profundo.

O tempo passa, suave ou tempestuoso

nomeando os dias confusos, rotulando as horas

que determina o momento de fazer "isso ou aquilo"

O tempo passa, o que o conduz?

Acredito eu ser o vento.

As vezes tempera o tempo com brisas leves,

chuva finas, sol ignorante entre nuvens ou quente em demasia,

castiga à pele e vem chuva novamente e esfria.

Assim quero eterno riso de menina

daqueles que acende como lampião de cerca

visto da varanda, tua retina.

Daqueles que atravessa teu olhar sisudo, severo

e reverte, espelha-me.

Quero eterno riso de menina,

pois riquezas o tempo corrói e o vento leva.

Não carece estampa fina.

Pra sentir o coração bater nos pés

é preciso estar descalço.

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 24/03/2012
Reeditado em 27/11/2013
Código do texto: T3572432
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