De Tempos e Ventos
Tudo passa e depressa
ultrapassa até a barreira da tristeza
solúvel em líquido claro.
Traspassa todo o motivo de sentir profundo.
O tempo passa, suave ou tempestuoso
nomeando os dias confusos, rotulando as horas
que determina o momento de fazer "isso ou aquilo"
O tempo passa, o que o conduz?
Acredito eu ser o vento.
As vezes tempera o tempo com brisas leves,
chuva finas, sol ignorante entre nuvens ou quente em demasia,
castiga à pele e vem chuva novamente e esfria.
Assim quero eterno riso de menina
daqueles que acende como lampião de cerca
visto da varanda, tua retina.
Daqueles que atravessa teu olhar sisudo, severo
e reverte, espelha-me.
Quero eterno riso de menina,
pois riquezas o tempo corrói e o vento leva.
Não carece estampa fina.
Pra sentir o coração bater nos pés
é preciso estar descalço.